Rodolfo Brandão
Há de se lembrar que junto com isso a fiscalização ou gestores ambientais não se faz presente. E quando há, as partes (fiscalização/sociedade), se entendem mutuamente. Ou seja, eu fiz que não vi e você que não fez!
Acho mesmo que a sociedade além de cobrar das autoridades maneiras efetivas e dinâmicas na gestão ambiental deve antes cumprir seus deveres. Ou como dizem os advogados, você só pode exigir seus direitos se antes cumprir seus deveres.
Como consta no artigo que citei, os cientistas defendem que, “trata-se de uma falta de compreensão que está alicerçada na idéia, ousada e insensata, de que os terrenos devem ser remodelados para atender aos nossos projetos, em vez de adequarmos nossos projetos aos terrenos reais e sua dinâmica natural nos quais irão se assentar.
As alterações desse modelado pelo homem foram as principais causas dos movimentos de massa que ocorreram em toda a região. Portanto, precisamos evoluir muito na forma de gestão urbana e rural e encontrar mecanismos e instrumentos que permitam a convivência entre cidade, agricultura, rios e encostas.
Por isso tudo, essa catástrofe é um apelo à inteligência e à sabedoria dos novos ou reeleitos gestores municipais e ao governo estadual, que têm o desafio de conduzir seus municípios e toda Santa Catarina a uma crescente robustez aos fenômenos climáticos adversos. Não adianta reconstruir o que foi destruído sem considerar o equívoco do paradigma que está por trás desse modelo de ocupação. É necessário pensar soluções sustentáveis. O desafio é reduzir a vulnerabilidade.
Fonte: envolverde.com.br