Informação e solidariedade

A idéia inicial deste blog está relacionada à vontade de difundir, através de instrumentos audiovisuais ao maior número de pessoas possível, informações, dados e notícias relacionadas a tragédia provocada pelas chuvas no estado de Santa Catarina no final deste ano.

Tudo isso será exposto aqui por meio de artigos e links de sites e blogs que contenham notícias e informações que possam oferecer suporte aqueles que tiverem interesse em se interar melhor sobre esse assunto, que ocupa a primeira página dos principais jornais do Brasil e de toda America Latina.


Mas este blog não vai se restringir apenas ao monitoramento da grande imprensa. Vamos produzir matérias sobre este tema. Em conjunto com o Corpo de Bombeiros de Londrina vamos apresentar depoimentos que ajudem na compreensão de situações como esta que assola Santa Catarina.


Para que possamos explicar melhor alguns dos fatos ocorridos, em especial o fenômeno que causou a catástrofe vamos produzir artigos e comentários a respeito do clima, do meio ambiente e de um tema pouco abordado na mídia em geral, a sustentabilidade.

Aos poucos vamos explicar a funcionalidade e os mecanismos deste blog para que você possa interagir com nossos posts, entre outros.


Para quem tiver dúvidas, críticas e sugestões o e-mail de contato é:

sos.santac@gmail.com

11 de dez. de 2008

Boletim


O dinheiro doado pelos brasileiros nas nove contas bancárias, oficiais do Departamento Estadual de Defesa Civil, para auxiliar às famílias afetadas pelas chuvas em Santa Catarina será utilizado para dar dignidade e conforto aos desabrigados. O Governo do Estado de Santa Catarina definiu, na manhã desta quinta-feira (11), que antes do Natal os desabrigados deverão ser encaminhados para locais mais propícios para o convívio familiar. Quando não for possível retirar as famílias, serão melhoradas as condições dos abrigos.

Na sexta-feira (12), o governador Luiz Henrique estará reunido, às 11 horas, na prefeitura de Itajaí, com os prefeitos dos municípios onde ainda há desabrigados; e os representantes do Grupo de Reação, criado para garantir a reconstrução do desastre, para definir estratégias de atuação. "As pessoas precisam de um espaço delas, com privacidade e conforto, e isso será possível graças ao dinheiro das doações", afirma o secretário-executivo da Justiça e Cidadania, Justiniano Pedroso.

Até a manhã desta quinta-feira as doações nas contas bancárias alcançaram R$ 23.128.929,15. Conforme o Pedroso, os recursos aplicados serão divulgados no site disponibilizado para as informações sobre o desastre (www.desastre.sc.gov.br). " Santa Catarina vive um momento de recomeço de reconstrução, vamos dar uma nova vida para os desabrigados", garante.


Dados gerais

Os mais de três meses de chuvas, intensificadas no final do mês de novembro, chegaram a deixar mais de 78 mil desabrigados e desalojados em Santa Catarina. Atualmente esse número diminuiu para 33.479, sendo 6.243 desabrigados e 27.236 desalojados. Para abrigar as pessoas que ficaram sem moradia, cerca de 120 abrigos ainda estão em funcionamento. A
Defesa Civil de Santa Catarina já registrou 126 óbitos e 28 desaparecidos confirmados.


Monitoria


Monitoramento da mídia


Acompanhe notícias sobre o estado de Santa Catarina que são publicadas em sites, incluindo material de Tv e rádio disponível na web

Hoje no nosso blog vamos atender o pedido de uma leitora de São Paulo que pretende ir para Florianópolis curtir as festas de final de ano. Ela quer saber sobre a situação das estradas de acesso ao estado de Santa Catarina e também a Florianópolis, seu destino final. As informações mais recentes sobre a condição das estradas de SC pode ser encontrada no Diário Catarinense de hoje, a partir do seguinte link: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/12/11/sc-416_continua_interditada_em_santa_catarina-586949063.asp


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Secretário-geral da ONU cita Brasil como exemplo de "economia verde".
“A crise climática afeta o nosso potencial de prosperidade e a vida das pessoas, tanto agora quanto no futuro”, disse Ban Ki-moon. A matéria está disponível no site do Jornal de Londrina no link:
http://portal.rpc.com.br/jl/online/conteudo.phtml?tl=1&id=837190&tit=Secretario-geral-da-ONU-cita-Brasil-como-exemplo-de-economia-verde

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ONGs na contrução de novas possibilidades

Francielli Fantinelli

De maneira geral é recente o envolvimento de ONGs e movimentos sociais com as mudanças climáticas, sendo que até mesmo as organizações ambientalistas demoraram a incorporar o tema em sua agenda de trabalho. Após o Protocolo de Quioto entrar em vigor em 2005 e, com a divulgação do Quarto Relatório de Avaliação do IPCC (2007) que a mudança do clima passou a receber maior atenção.

Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada no início de agosto de 2008, revela que, entre 2002 e 2005, o número de ONGs ambientais aumentou 61%, um percentual quase três vezes superior à média nacional (22,6%).

As organizações não-governamentais e movimentos sociais se destacam nas atividades relacionadas às mudanças climáticas, seja na influência de políticas públicas; conscientização do seu público ou público em geral; envolvimento e empoderamento das bases, como os povos da floresta; desenvolvimento de ações locais e de projetos de captura de carbono e pesquisa. As ONGs brasileiras freqüentam as Conferências das Partes sobre Mudanças Climáticas para observar de perto e influenciar, como possível, o rumo das negociações.

A coordenadora executiva do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Fboms), Esther Neuhaus afirma que, muitas vezes, as organizações acabam exercendo várias funções ao mesmo tempo. A mesma ONG que age por meio da intervenção política – fazendo lobby no Congresso Nacional, na Assembléia Legislativa ou na Câmara de Vereadores – realiza campanhas e publica estudos nacionais, locais ou regionais, diz Esther.

Já o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC) criado em 2000 pelo Decreto nº 3.515 visa conscientizar e mobilizar a sociedade para a discussão e tomada de posição sobre os problemas decorrentes das mudanças climáticas.

As ONGs também participam desse Fórum por meio de seus representantes. Um dos objetivos do FBMC é estimular a criação de fóruns estaduais para servir de ponte entre o governo estadual e a sociedade civil, pois esses fóruns mantêm uma relação estreita com as respectivas secretarias de meio ambiente estaduais. Desempenham trabalho de educação ambiental e disseminação de informação, promovem seminários relacionados ao tema e estão empenhados na elaboração de políticas e planos sobre mudança do clima.

O descaso dos políticos, aliado aos interesses pessoais, inevitavelmente, resultam em conseqüências desastrosas para a sociedade. Esse trabalho desenvolvido pelas ONGs é de fundamental importância, já que temos que pensar numa política global. Assim, as organizações que acompanham a “delegação” do governo devem cobrar ainda mais o governo, pois elas estão ali dispostas a colaborar com as negociações. Criticar, propor ações, pedir metas é o que vai colaborar com a tomada de decisões.

Por isso, a realidade brasileira reforça o processo de auto-afirmação de uma identidade e perfil próprios das ONGs como entidades permanentes da sociedade civil.

TRANSFORMANDO LIXO EM VIDA


Michele Furukawa

A classificação do lixo pode ser feita de várias formas. Aqui, vamos apresentar a forma que podemos utilizar no dia-a-dia. Os resíduos podem ser diferenciados pela sua origem e fica dividido da seguinte forma: domiciliar, comercial, industrial, público, hospitalar (e de serviços de saúde), agrícola, portos, aeroportos e terminais rodoviários ou ferroviários e entulho.

Há o lixo domiciliar, aquele que é produzido nas residências. O comercial, pelos estabelecimentos comerciais e é um dos que mais produzem resíduos que podem ser utilizados na reciclagem. O industrial é àquele produzido por fábricas e indústrias. O público provém da limpeza nas ruas, em praias e lugares públicos. O hospitalar deve ser rigorosamente dirigido para locais próprios, para que não haja contaminação ou qualquer tipo de dano. O agrícola também possui instruções individuais como, por exemplo, o agrotóxico que, depois de utilizado, o vasilhame deve ser lavado e levado até um local autorizado, que pode ser a própria loja onde foi comprada. Para a utilização de produtos como o agrotóxico é importante que o trabalhador rural utilize acessórios para que sua saúde não seja prejudicada. Os resíduos produzidos em portos, aeroportos, terminais rodoviários ou ferroviários o próprio nome já descreve sua origem. Por último, o entulho que é o lixo produzido pela construção civil.

Saiba o que pode ou não ser reciclado. O portal Recicla.Net apresenta alguns itens:

RECICLÁVEL

NÃO RECICLÁVEL (REJEITOS)

Papel

Etiqueta adesiva

Jornais e revistas

Papel carbono

Folhas de caderno

Fita crepe

Formulário de computador

Papéis sanitários

Caixas em geral

Papéis metalizados

Aparas de papel

Papéis parafinados

Embalagens de margarinas

Bitucas de cigarro

Canos e tubos

Espelhos

Sucata de reforma

Cabos de panela

Lata de alumínio

Guardanapos

Vidros

Tomadas

Cartazes velhos

Embalagem de biscoito

Embalagem de material de limpreza

Lâmpadas, cerâmicas, porcelanas, tubos de TV e gesso

Metal

Mistura de papéis, plástico e metais

Copinho de café

Papes sujos

 

Como dissemos no post anterior, a reciclagem gera benefícios à toda sociedade e ao meio ambiente. Todos os dias nos deparamos com os danos causados ao meio ambiente e a vida. A reflexão é importante, mas mais importante ainda é a conscientização de cada cidadão. A reciclagem é uma parte de tantas outras atitudes que podemos adotar no nosso dia-a-dia. Faça a sua parte e transforme o lixo em novos empregos, redução de poluição, conservação da natureza e vida do nosso planeta e de toda a população.

Pequenos agricultores e a falta de divulgação de sua grandeza pela mídia


Rodolfo Brandão

Depois de alguns comentários a respeito da abordagem feita pela mídia com relação ao meio ambiente, venho para apresentar alguns números que são de suma importância para a nossa economia rural. 

Números que, por representarem a expressão dos pequenos agricultores, não são divulgados pela grande mídia e, é óbvio, por não ter que provar que faz e bem feito o dever de casa.   

O texto abaixo é do jornalista 

Luciano Martins Costa

 

Mesmo recebendo menos recursos públicos do que as empresas rurais genericamente chamadas de agronegócio, as unidades de agricultura familiar são mais produtivas, geram mais emprego, distribuem melhor a renda e causam menos desperdício de alimentos, segundo o Centro de Ciências Rurais da Universidade de Santa Maria (RS), uma das referências nacionais no estudo da economia agrícola. Dos cerca de 18 milhões de brasileiros que vivem da economia rural, aproximadamente 77% trabalham na agricultura familiar.

Se o segmento é especialmente importante em termos econômicos e tem grande relevância social, por que razão a imprensa o trata como um elemento de segunda categoria? Afora o fato de o ministro Stephanes ser um político afinado com a matriz predominante na chamada grande imprensa, talvez deva ser considerado o fato de que os grandes jornais e as revistas de influência nacional se dirigem basicamente ao público urbano.

Como se sabe, as cidades brasileiras vivem de costas para a zona rural, só enxergam o campo como área de lazer e, não cabe, nas estratégias de marketing das empresas de comunicação, contemplar os interesses das populações menos densas das zonas agrícolas. Essencialmente, o noticiário econômico em geral e o de serviços são dirigidos ao leitor urbano. São raros os especialistas em economia rural na chamada grande imprensa. Os antigos correspondentes no interior foram dispensados e o noticiário do setor ficou ainda mais dependente do viés ideológico das redações.

No entanto, nada justifica enxergar a questão agrícola e o desafio ambiental sob a ótica única das grandes empresas.

Voltando aos meus comentários

  Há de se pensar seriamente em divulgar de fatos que podem servir de auxílio em futuras iniciativas por parte dos pequenos agricultores que ainda não tomaram conta de que, eles sim é que representam a verdadeira força do campo.

Quem sabe a mídia até sabe disso, mas tenta disfarçar que suas iniciativas de divulgação dos pequenos quando os mesmos são bancados pelos grandes produtores deste país.

 Lembre-se que o maior produtor de soja do país e um dos maiores do mundo também bate recordes diários de desmatamento da Amazônia. Tudo para servir seu produto de ração para o gado dos estadunindenses.

Uma salva de palmas para o nosso querido governador do Mato Grosso Blario Maggi.

 

Fonte: envolverde.com.br

Imagem: comciencia.br


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